Quinta, 30 de Dezembro de 2010
O ano de 2010 será um marco na história do transporte coletivo de Curitiba. Pela primeira vez, desde que o sistema foi implantado, em 1953, os contratos com operadores do transporte coletivo do município foram firmados a partir de licitação pública, feita pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, adequando a cidade à legislação federal.
O edital de licitação, que virou referência para várias outras cidades brasileiras, garantiu contratos que prevêem melhoria da qualidade, em que os operadores, entre outras obrigações, se comprometem a melhorar a velocidade média operacional das linhas, oferecer mais conforto aos usuários, investir em inovações tecnológicas priorizando meio ambiente e bem estar e segurança do passageiro, e promover a capacitação de seus funcionários para as novas exigências.
Os novos contratos com os consórcios vencedores – Pontual, Transbus e Pioneiro – começaram a vigorar no início de dezembro. Um dos primeiros itens da nova operação do transporte foi a implantação de seguro para os passageiros que passaram a contar com cobertura para danos físicos sofridos no transporte coletivo – o que é inédito em nível nacional e um dos resultados da licitação.
A licitação, na modalidade Concorrência (005/2009), incluiu a operação de todas as linhas de transporte coletivo de Curitiba. São 250 linhas do sistema principal e 52 complementares - Linha Turismo e Sistema Integrado de Transporte do Ensino Especial (Sites).
São do sistema principal as linhas Expresso, Direta (Ligeirinho), Interbairros, Troncais, Alimentadoras, Convencionais e Circular. No total, é previsto o atendimento, em dias úteis, de 1,8 milhão de passageiros, com uma frota operante de 1.399 ônibus. O sistema tem 21 terminais e 315 estações tubo.
Transparência - O presidente da Urbs, Marcos Isfer, destaca que a licitação da operação do transporte é um marco histórico na cidade que foi possível pela determinação e vontade política da administração municipal e pelo empenho e dedicação do corpo técnico da área de transporte da Urbs.
“Colocamos o sistema de transporte de Curitiba dentro do que exige a Constituição de 1988. Implantamos uma mudança definitiva na relação contratual com os operadores e estamos mudando a história do transporte porque a partir de agora, para operar linhas de Curitiba, apenas com licitação pública”, disse ele.
Isfer destaca também a transparência do processo que, lembrou, começou muito antes do lançamento do edital de mais de cinco mil páginas, em 29 de dezembro do ano passado. Antes, foi necessária a elaboração e aprovação de projeto da nova lei do transporte porque a anterior não previa licitação; elaboração do novo regulamento do transporte e realização de audiência pública e consultas à comunidade.