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Segunda, 20 de Junho de 2011

Consultor elogia sistemas viário e de transporte de Curitiba

O consultor em segurança no trânsito do Banco Mundial (Bird), Eric Howard, considera que os sistemas viário e de transporte de Curitiba contribuem para garantir a integridade de motoristas e pedestres. “Seria bom se todas as cidades fossem como Curitiba. O planejamento das vias, amplas e com boa sinalização, e o embarque de passageiros em nível feito nas estações e terminais são fatores que preservam as pessoas de acidentes. É um planejamento leva em conta a escala humana”, observou.

Nesta sexta-feira, Howard visitou vários pontos da cidade, entre eles a Avenida Cândido de Abreu, a Rua XV de Novembro, 7 de Setembro, República Argentina e a Linha Verde, onde embarcou no Ligeirão até a estação Santa Bernadethe. Antes da visita, o especialista em trânsito esteve no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) onde conheceu detalhes do planejamento de Curitiba que tem como alicerces os sistemas viário e de transporte integrados ao uso do solo.

No encontro, o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, ressaltou as ações da cidade para aproximar os habitantes do transporte e dos serviços como fatores que contribuem para a segurança viária. “Quanto mais carros e maiores as distâncias percorridas, maiores são os conflitos. Planejamos de forma que os deslocamentos sejam menores e os curitibanos possam contar com transporte, serviços, trabalho e lazer próximos de sua residência. A descentralização promovida nas ruas da cidadania e a integração desses equipamentos ao transporte público são fatores preponderantes neste processo”, disse.

Outro fator importante, segundo Cléver, é a integração existente entre Ippuc, Urbs, Secretaria de Obras Públicas, responsáveis respectivamente pelo planejamento, operação e fiscalização do trânsito e transporte e pela construção e manutenção das ruas da cidade.

Preservando vidas – Eric Howard, autor do conceito de abordagem sistêmica de segurança no trânsito, considera que a segurança neste setor é passível de administração, assim como é possível reduzir o número de mortes. Ele defende que as ações nesse sentido sejam organizadas por um órgão central e que exista corresponsabilidade entre os atores deste processo.  “O governo precisa criar uma agência líder, com estrutura capaz de tomar decisões eficientes e ágeis, que envolva também outros setores da sociedade”, analisa.

No conceito que defende, Howard considera que os acidentes sempre ocorrem, apesar de todos os cuidados com prevenção, mas a vida humana e a saúde são da máxima importância; as pessoas têm o direito de sobreviver; que é necessário minimizar a gravidade das lesões em acidentes, que os usuários da malha viária não devem morrer por falhas do sistema e que as forças impulsionadoras devem ser a demanda pública.

Corresponsabilidade – Ao abordar o modelo brasileiro, Eri Howard ressalta que ao  impor cumprimento das leis aos usuários do trânsito, frequentemente entra a discussão sobre liberdades individuais. Porém, segundo ele, existem obrigações da comunidade para o uso de espaços comuns – nos quais se encaixam as vias públicas.

Howard lembra que motoristas com comportamento inseguro são ameaças não apenas às suas vidas, mas também às vidas de outros usuários em outros veículos ou pedestres (que estão obedecendo as leis). Também ameaçam as vidas dos outros que estão no mesmo veículo e mesmo que sejam as únicas vítimas do acidente, representarão um custo pesado para a comunidade.  É preciso promover o interesse da comunidade versus o interesse pessoal.

Cultura de obediência – Fomentar a “cultura de obediência” dos usuários é uma ação necessária, segundo. Os atores deste processo são a legislação, fiscalização, (polícia educando o público), tribunais que apoiam, vinculação/consolidação dos sistemas de dados e informação pública em relação aos benefícios. Para ele, é preciso também criar a demanda por segurança fazendo-se valer da regulamentação existente, de políticas governamentais de operação e aquisição de equipamentos e de campanhas informativas.

A melhor administração da operação da malha viária também faz parte das ações pela preservação de vidas a partir do fortalecimento da infraestrutura de segurança e dos níveis de segurança veicular; do aprimoramento da gestão de tráfego, da revisão de limites de velocidade, e maior aprovisionamento para usuários vulneráveis.

Maior frota e queda no número de mortes no trânsito

Com o maior índice de motorização entre as capitais brasileiras – um carro para cada 1,4 habitante - Curitiba é uma das cinco cidades do país a integrar o projeto Vida no Trânsito voltado à redução do número de vítimas e mortes em acidentes.

No Brasil, o projeto é coordenado por representantes da Presidência da República e comissão interministerial, além da Organização Panamericana de Saúde (Opas), da Bloomberg Philanthopies, Universidade John Hopkins e Global Road Safety Partnership. As outras capitais são Belo Horizontew (MG), Campo Grande (MS), Palmas (TO) e Terezina (PI).

A entrada de Curitiba no projeto, segundo os organizadores, deve-se ao fato de já existirem na cidade importantes iniciativas de prevenção de acidentes. A integração de medidas de sinalização, fiscalização e educação do trânsito tem permitido uma significativa redução de acidentes apesar do crescimento da frota que na última década, chegou a quase 70%.

O número de acidentes com vítimas em Curitiba no ano passado (5.878) foi 7,2% menor do que em 2009, enquanto o número de atropelamentos (838) teve uma queda de 10,3%. Em uma década, de 1999 a 2009, a redução no número de acidentes com vítimas foi de 43% e o total de atropelamentos foi 65% menor.


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