Quinta, 26 de Agosto de 2010

Vereadores aprovam obras de encerramento da Caximba

Vereadores da Comissão Especial do Lixo da Câmara Municipal de Curitiba visitaram nesta quarta-feira (25) o aterro sanitário da Caximba. A visita foi acompanhada pelo secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, técnicos da secretaria e do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos.
 
Os vereadores puderam constatar as obras de realinhamento, chamada de reconformação geométrica, que estão sendo feitas dentro do plano de encerramento do aterro, previsto para novembro próximo.

"As obras estão dentro do que prevê o projeto. Não existe ampliação, como foi informado à Comissão", afirmou o vereador Pedro Paulo. "Nosso objetivo aqui era constatar se os boatos de ampliação eram verdadeiros, mas tudo vem sendo feito com todo cuidado e muita responsabilidade", destacou o vereador João do Suco. 

As obras do plano de encerramento do aterro da Caximba têm parecer favorável de 16 técnicos do Grupo de Trabalho Multidisciplinar, instituído pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em julho de 2009. As obras começaram em dezembro do mesmo ano.

Além do IAP, fazem parte do grupo técnicos da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Ibama, Mineropar e Superintendência de Desenvolvimento e Recursos Hídricos (Sudersha).

"Agradecemos o apoio dos vereadores que vieram aqui para acabar de um vez por todas com os boatos de ampliação do aterro. O que está sendo feito aqui atende 100% do que foi aprovado pelos técnicos", afirmou o secretário Andreguetto.

As obras na Caximba possibilitam ao aterro receber com segurança lixo em fases antigas de depósito de lixo, na capacidade até a cota de 940 metros (altitude em relação ao nível do mar), limite autorizado pelo IAP.

Uma das propostas da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba em estudo é o aproveitamento do biogás do aterro depois de seu encerramento.

A proposta do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos é implantar o SIPAR, um sistema que tratará 100% do lixo produzido por Curitiba e outros 19 municípios da Região Metropolitana, aproveitando 85% em forma de reciclagem, compostagem e material energético, o que hoje é enterrado.

A solução intermediária até o desfecho da licitação do SIPAR, que aguarda decisões judiciais que definam o andamento do processo, será o uso temporário de aterros particulares na região.

Para isso, foi feito o credenciamento de aterros, e três atenderam as propostas do Consórcio. As empresas têm até meados de outubro para apresentarem as licenças de operação, que garantem a finalização do credenciamento.
"O importante é que não desistimos de avançar com novas tecnologias, que dispensem o uso de aterros, que mesmo sendo apropriados, não são mais a referência em tratamento de lixo", disse Andreguetto.