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Quarta, 20 de Outubro de 2010

Crianças e jovens conhecem usina de reciclagem

Mais de 100 jovens e crianças moradores de áreas que estão sendo urbanizadas pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) conheceram, nesta segunda-feira (18), a Usina de Valorização de Rejeitos, localizada no município de Campo Magro. A usina é administrada pelo Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC).

A atividade, organizada por técnicos ambientais da companhia, faz parte do projeto social para a formação de agentes multiplicadores em educação ambiental.

“Temos essa preocupação com a educação ambiental, em especial para os mais jovens, pois estes são capazes de influenciar seus pais e a comunidade que os cerca. Quem tem a ganhar com essa difusão de informações é toda a cidade”, afirma o presidente da Cohab, João Elias de Oliveira.

Participaram da visita 50 jovens entre 12 e 16 anos que moram no bolsão Formosa, que inclui as vilas Formosa, São José, Canaã, Uberlândia, Leão e Nina, no bairro Novo Mundo, e mais 60 crianças de 8 anos moradoras da vila Menino Jesus, no Cajuru.

Eles assistiram a um vídeo explicativo sobre o funcionamento da usina, conheceram artigos produzidos com materiais reaproveitados, visitaram a Usina e o Museu do Lixo.

Reciclagem e reaproveitamento

Os jovens e crianças descobriram diferentes maneiras de se reciclar e reaproveitar materiais que vão para o lixo. Como as telhas feitas de tubos de pasta de dente e de caixas de leite, que suportam chuvas de granizo e uma pessoa de 150 kg. A informação impressionou as crianças. “Adorei, fiquei imaginando como faz para ficar tão forte”, exclamou Vinicius Paz da Silva, oito anos.

Já Franciely Machado, da mesma turma, se encantou com as cortinas e cestos de roupa feitos com folhas de revista. “Achei muito bonito, quero aprender como fazer”. Para Isabella Maria, o melhor de tudo são as poltronas produzidas de garrafa PET e também as de caixas de leite. “Ao invés de jogar fora depois de tomar o refrigerante, é só guardar para construir a poltrona”, diz. São necessárias 78 garrafas PET para se produzir uma poltrona.

Os jovens do bolsão Formosa se interessaram pelo chamado concreto leve, feito com isopor reciclado e garrafas PET. “Impressionante como existem maneiras de aproveitar o que vai para o lixo. Da até para construir uma casa”, afirma Jordão Munhoz, 15 anos.
 
Os visitantes também conheceram vassouras de PET, molduras, piso e rodapés de isopor, cortina de fita cassete e diversos utensílios de folha de revista. A passarela de onde se pode ver os funcionários separando o material é feita de placas de trânsito antigas e tapetes de carro.

A usina

A Usina de Valorização de Rejeitos, onde trabalham 170 funcionários, recebe 55% de tudo que é recolhido pelos caminhões do 'Lixo que Não é Lixo'. O que estiver contaminado com impurezas vai para o aterro sanitário e o restante é separado de acordo com o tipo do material.

O processo de separação do lixo que chega à usina é feito em duas esteiras automatizadas. Depois de separado, o material é prensado e vendido para empresas de diferentes setores. Os recursos obtidos com a venda são aplicados em programas sociais desenvolvidos pelo IPCC e usados na manutenção da usina. Todos os funcionários utilizam obrigatoriamente os equipamentos de proteção individual, para garantir a segurança no trabalho.

A população pode ajudar bastante na reciclagem, mas certos produtos não devem ser descartados no lixo reciclável, como guardanapos usados de papel, fraldas, papel higiênico e absorventes femininos. Estes materiais devem ir para o lixo orgânico, pois contaminam os materiais recicláveis.

Vandson Bonfim, 17 anos, tem consciência da relevância de separar o lixo. “Lá em casa nós separamos e foi por iniciativa minha. Vir aqui reforça ainda mais a importância de separar. Colabora com o meio ambiente, evita que árvores sejam cortadas e ajuda a natureza”, diz. Eduarda de Moura, oito anos, conta que na casa dela também é feita a separação. “Temos o lixo pequeno, para restos de comida e o lixo grande para papel, latas e plástico”.

Ao lado da usina funciona o Museu do Lixo, onde só entram peças achadas no lixo. É grande a variedade de objetos, desde livros, quadros, fotos, computadores antigos, telefones, rádios, ferros de passar, máquinas fotográficas, de escrever, de costura, animais em formol, esculturas, enfeites, despertadores, cascos de tartaruga, imagens de santo, instrumentos musicais, cédulas, diversos óculos, armas, vestidos de noiva e muitos outros itens.

Outras ações

Os técnicos ambientais da Cohab realizam uma série de atividades para formar jovens agentes multiplicadores em educação ambiental: visitas ao aterro da Caximba, palestras, jogos educativos, ações de plantio de árvores e grama, mutirões de limpeza dos rios.
“Tudo com o intuito de conscientizá-los para práticas sustentáveis e principalmente que repassem as informações para a comunidade onde moram”, explica a técnica ambiental Lígia Fagundes, que atua na Vila Menino Jesus.

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