Quarta, 12 de Maio de 2010

Semana de Enfermagem discute controle da disseminação da nova gripe

A secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, participou nesta terça-feira (11), no Plenarinho da Assembleia Legislativo, da abertura oficial da 71ª Semana de Enfermagem. Eliane representou o prefeito Luciano Ducci no evento, que a partir desta quarta-feira (12) discutirá, no Salão de Atos do Parque Barigui, o papel da enfermagem na redução da mortalidade infantil e materna e no controle da disseminação da nova gripe. Cerca de duzentos profissionais da Secretaria Municipal da Saúde participarão da Semana, promovida pela Associação Brasileira de Enfermagem (Aben) em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PR) e a Prefeitura. 

Luciano Ducci recebe representantes da Associação Brasileira de Enfermagem
 
Os enfermeiros e auxiliares de enfermagem estão entre os servidores da rede municipal de saúde com quem a população mais tem contato. Eles formam um exército de 3.138 servidores e estão em locais que vão desde a recepção das unidades de saúde e centros de urgências (onde acontece a acolhida do paciente) até as salas de vacinas, curativos, nebulizações e as consultas de enfermagem, em que o paciente é avaliado e preparado para a consulta médica. Todos os meses acontecem quase 30 mil dessas consultas. "As equipes de enfermagem são os profissionais sem os quais seria impossível fazer saúde pública", afirma a secretária, destacando o papel dos profissionais que comemoram a sua data nessa quarta-feira (12). 

Os enfermeiros também respondem pela chefia de unidades de saúde. É o caso de Liliane Toterol, da Unidade de Saúde da Família Bom Pastor, na Regional Santa Felicidade. Ela tem em sua equipe outras doze profissionais da área, todas mulheres. A auxiliar Sebastiana Rabelo Gomes, de 61 anos, é uma delas.

Sebastiana começou tarde na atividade. Durante boa parte da vida, foi costureira  - trabalho com que ajudava a manter a casa. Cursou o ensino técnico em enfermagem com os três filhos já encaminhados e não se arrepende. "A costura era um meio de subsistência. Paixão mesmo, é a enfermagem", conta, enquanto vacina os gêmeos Henrique e Gustavo Ribas. O envolvimento com o trabalho é tanto que ela não se incomoda de trocar o descanso semanal pelos plantões de final de semana no Centro de Urgências Médicas Campo Comprido. "Não cansa nem um pouquinho; é uma alegria", garante.
 
A mesma avaliação é compartilhada pela também auxiliar Claudete Genelhoud, de 46 anos e há 18 na Prefeitura. Além dos longos anos de trabalho na saúde coletiva, Claudete acumula experiência enfermagem do trabalho, da época em que atuava em empresas.  "Ver o reconhecimento das pessoas e como elas são receptivas é o sinal do conceito que têm pelo nosso trabalho", diz Claudete, que também faz visitas domiciliares para atender pacientes acamados como a professora aposentada Maria da Luz Fernandes Souto, de 85 anos.

Portadora de glaucoma e da doença degenerativa conhecida como Mal de Parkinson, a professora teria dificuldades de ir à unidade de saúde para tomar as vacinas contra as gripes sazonal e H1N1. "Seria muito mais complicado levá-la. O trabalho que elas (as profissionais de saúde) fazem é ótimo", define Marisa Souto Costa, filha única de Maria da Luz e responsável por seus cuidados. Além de vacinar a idosa, a auxiliar aproveitou para checar a pressão arterial da paciente.