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Sábado, 26 de Junho de 2010

Vacina da gripe A dobra trabalho da Central de Vacinas

Em pouco menos de quatro meses da campanha de vacinação contra a gripe A / H1N1, a Secretaria Municipal da Saúde aplicou quase o dobro das doses de todas as outras vacinas oferecidas, durante 1 ano, no dia-a-dia das unidades de saúde. São cerca de 1,1 milhão de doses da nova vacina em menos de 120 dias, em comparação com as cerca de 640 mil de todas as outras, disponibilizadas ao longo de 12 meses.

A informação reflete parte do trabalho permanente da Divisão de Imunobiológicos do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde. Conhecida como Central de Vacinas, ela é a unidade do órgão que há 19 anos coordena o recebimento, a guarda e a distribuição de 13 tipos de vacinas e 12 soros, bem como os itens necessários à sua aplicação - como seringas, agulhas e curativos. "Tem sido um grande desafio conciliar essa grande campanha com as outras que aconteceram paralelamente e com a vacinação de rotina", conta o coordenador da CV, enfermeiro Renato Rocha da Cruz.
 
A unidade - A Central de Vacinas faz parte da estrutura do Centro de Epidemiologia da SMS. Na prática, é o coração da estratégia de imunizações desenvolvida em Curitiba e está por trás do declínio ou desaparecimento de antigas doenças como poliomielite (paralisia infantil), sarampo e rubéola. "Além das doenças e do seu custo sócio-econômico, como internamentos, mortes e sequelas, nosso trabalho é prevenir sofrimentos desnecessários", resume Cruz.

É de lá que saem, por exemplo, as vacinas Sabin, do H1N1 e pneumocócica, que no último dia 18 foram aplicadas no bebê Alex Cassiano Rodrigues, de 7 meses. Alex e a irmã Marina, de 8 anos, tomam todas as doses na Unidade Ouvidor Pardinho, situada próximo à Central desde que nasceram. E as mesmas anotações feitas na Caderneta de Saúde que a mãe das crianças, Mônica Martins, mantém em casa também faz parte do prontuário eletrônico aberto na unidade de saúde para cada uma delas. 

O "QG" dos imunobiológicos está instalado na Avenida Iguaçu, num imóvel alugado de aproximadamente 800 metros quadrados. Aí funcionam, entre outras dependências, o estoque de materiais e a Rede de Frio - uma ampla sala onde estão instalados 12 freezers e 11 geladeiras. São equipamentos de grande porte, exclusivos para receber e armazenar os imunobiológicos vindos do Ministério da Saúde, por meio da Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar), até o momento de entregá-los no seu destino: as unidades de saúde, que recebem as vacinas, e os centros municipais de urgências médicas (CMUM), que aplicam apenas soros. 
 
Toda essa rede movimenta atualmente cerca de 53 mil doses mensais de imunobiológicos do calendário de rotina - as vacinas oferecidas fora das campanhas, para crianças e adultos. Além disso, precisa guardar espaço para as doses destinadas às campanhas anuais de vacinação e as novas vacinas que, aos poucos, vão sendo incluídas na rotina.

Esse ano, além das duas etapas de imunização contra a paralisia infantil - que acontecem desde 1980 e exigem aproximadamente 2 meses de preparação - e da vacinação dos idosos contra a gripe sazonal, está no final a campanha contra o H1N1. Paralelamente, foi incorporada a vacina pneumocócica e é aguardada a incorporação da meningocócica C. Do ano passado para cá, prevendo a chegada de todos esses novos itens, foram instaladas quatro novas geladeiras. 
 
Qualidade - A Central, porém, é muito mais que um depósito bem-estruturado. Zelar pela integridade desse patrimônio constante de milhares de doses e fazê-lo cumprir sua função é a parte mais importante da complexa tarefa da sua equipe, formada por 25 técnicos. Cabe a eles nada menos que o controle e a distribuição de imunobiológicos e insumos, avaliação da Rede de Frio tanto da rede pública quanto da particular (as clínicas de vacinas privadas), monitoramento a cobertura vacinal na cidade, coordenação das campanhas de vacinação, treinamento e suporte às equipes das unidades e controle dos chamados eventos adversos.
 
Além de conferir duas vezes por dia a temperatura registrada pelo termômetro de cada freezer ou geladeira, que precisa ficar entre 2º C e 8º C positivos, cabe a uma parte desse grupo preparar as caixas térmicas que levarão as vacinas e os soros da Rede de Frio da CV até as geladeiras dos distritos sanitários e, de lá, para as unidades de atendimento.
 
Para outros, a tarefa é monitorar a aplicação das doses nas unidades e, partir daí, construir os relatórios de movimentação. Nas campanhas, ocasião em que grande número de vacinas é usada em poucos dias, eles são diários. Nessas circunstâncias ou na rotina, a função desse acompanhamento em tempo real é garantir estoques de reposição compatíveis com a demanda e, ao mesmo tempo, impedir que doses preciosas se percam pelo vencimento do prazo de validade.
 
Eficiência - O trabalho da Central de Vacinas, porém, não termina aí. As equipes de enfermagem das unidades de atendimento precisam estar muito bem treinadas e atualizadas antes de aplicar vacinas e soros. Esses cursos, que envolveram mais de 400 desses profissionais de saúde somente na fase de preparação da implantação da vacina pneumocócica, em abril, também acontecem na CV.

A abordagem tem como material de apoio a Cartilha de Orientações Técnicas Para a Equipe de Enfermagem, uma publicação de 68 páginas desenvolvida pela equipe daquele serviço de saúde que passa por todos os aspectos envolvendo imunobiológicos - desde a guarda e conservação até a notificação de reações adversas até a busca ativa dos pacientes em atraso com o esquema vacinal de rotina.

Por meio dessa aprendizagem contínua, as equipes ficam inteiradas sobre as características dos novos produtos, suas indicações e restrições e as técnicas de aplicação. "É isso, muito mais que a estrutura física, que garante a qualidade do nosso serviço de imunização: a qualidade profissional de quem trabalha nessa área", frisa a diretora do Centro de Epidemiologia, Karin Luhm.

Apesar de todo esse cuidado com a administração dos imunobiológicos, é possível a ocorrência de reações pós-aplicação. Cabe à área de Controle de Eventos Adversos, da médica Fides Sbardelotto, monitorar as manifestações mais intensas que algumas pessoas podem apresentar. As notificações, rigorosamente acompanhadas, chegam à CV por meio das unidades de saúde da rede pública, além de clínicas e hospitais da rede privada. Esses dados são compartilhados com o Ministério da Saúde, para traçar o panorama nacional dos efeitos adversos.

Por conta desse trabalho abrangente feito pela Central de Vacinas, Curitiba é considerada a capital brasileira com a melhor cobertura vacinal infantil. A conclusão é de uma pesquisa amostral realizada pelo Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag), da Santa Casa de São Paulo, e divulgada em 2008. De acordo com o trabalho, 98% das crianças nascidas na capital em 2005 estavam em dia com o esquema de vacinação básica - 3% acima do que o desejado pelo Ministério da Saúde.

Vacinas e soros para todos os públicos

Os 13 tipos de vacinas, que podem se apresentar em doses isoladas (contra uma determinada doença) ou combinadas (contra duas ou mais doenças) protegem contra 14 doenças.
São elas poliomielite, rotavirose, difteria, coqueluche, tétano, influenza, sarampo, caxumba, febre amarela, rubéola, tuberculose, hemófilo, hepatite B e raiva.

As vacinas são oferecidas nas unidades de saúde básicas e de saúde da família. Existem esquemas vacinais próprios para crianças, adolescentes, adultos, gestantes e idosos.

Os soros, dependendo da forma como são obtidos, podem ser heterólogos ou homólogos. Os heterólogos disponíveis são antitetânico, antidiftérico, antirrábico, antiaracnídico e antiloxoscélico. Os homólogos são as imunoglobulinas contra hepatite B, tétano, raiva, varicela-zoster e para o fator Rh (para gestantes do programa Mãe Curitibana). Na rede municipal de saúde, eles são aplicados preferencialmente nos centros municipais de urgências médicas (CMUM).

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